Durante o primeiro dia de programação da edição 2015 da Feira e Congresso da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), os resultados negativos causados pelo impacto do furto de sinal foram apresentados. Ao participar do evento (4/08), o presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade, Edson Vismona, revelou que as ligações piratas de TV por assinatura movimentaram mais de R$ 4,1 bilhão na economia do setor em 2014.
O executivo afirmou que as entidades brasileiras comprometidas com a produção nacional são castigadas pela pirataria. Dessa forma, “os brasileiros precisam ter postura crítica em relação à prática nefasta da TV clandestina”. Para Vismona, que é advogado, os números de movimentação ilegal no setor não só demonstram as perdas como impactam na inovação. “A geração de conteúdo é um patrimônio de deve ser protegido”, enfatizou.
Diante das perdas anunciadas e para combater o avanço da ilegalidade, foi criada a Frente Parlamentar Mista de Defesa da Propriedade Intelectual e Combate à Pirataria, em maio de 2015. Segundo Vismona, o objetivo da iniciativa é “debater e contribuir com soluções concretas para o desenvolvimento e o crescimento do país, atacando fatores subjetivos do custo-Brasil, como a falta de inovação e insegurança jurídica que afasta investimentos”.
“Precisamos estimular o viés absolutamente necessário para o Brasil, de defender a propriedade intelectual”, declarou o convidado do congresso que será realizado em São Paulo até esta quinta-feira, 6. A iniciativa possui apoio de diversas entidades, como as associações brasileiras das empresas de software (Abes), da propriedade intelectual (ABPI), de produtoras independentes de televisão (ABPI-TV), da produção de obras audiovisuais (Apro) e da própria ABTA.
De acordo com os números apresentados por Vismona, outros setores foram impactados pelo comércio tecnológico ilegal. A pirataria causou perdas no mercado de software (de R$ 7,7 bilhões), no setor de audiovisual (R$ 3,6 bilhões) e videogames (com prejuízo de R$ 816,7 bilhões).
Com informações Comunique-se e Cleto Gomes – Advogados Associados