Conjunto de ações será anunciado nos próximos 60 dias, contudo Braga já adiantou que está sendo estudada uma premiação para quem economizar eletricidade.
O governo prepara um conjunto de medidas para incentivar o consumo eficiente de energia elétrica no Brasil. Essas ações, previstas para serem anunciadas em 60 dias, vão contemplar consumidores industriais, comerciais, residências, tanto públicos como privados. “Nós vamos lançar um programa de eficiência energética que com certeza vai ter um impacto muito positivo”, disse o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, nesta sexta-feira, 30 de janeiro. Ele descartou a possibilidade da criação de um incentivo fiscal, mas já adiantou que está sendo estudada uma forma de premiar o consumidor que reduzir o consumo de eletricidade.
O prazo de 60 dias coincide com o fim do período úmido em abril – que, segundo o ministro, não é apenas uma coincidência. Nesta tarde, o ministro se reuniu no Rio de Janeiro, da sede do ONS, com representantes da Empresa de Pesquisa Energética, do Operador Nacional do Sistema Elétrico e da Agência Nacional de Energia Elétrica para fazer a avaliação de algumas dessas ações. Além de técnicos, estiveram presentes Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, e Hermes Chipp, diretor geral do ONS. Pela manhã, Braga conversou com representantes das empresas do setor elétrico e cobrou a entrega de obras atrasadas. Por outro lado, os empreendedores reivindicaram mais previsibilidade das ações do governo, garantias relativas ao GSF, “mas sempre com a preocupação de fazer com que o setor seja mais robusto, estruturado e mais atrativo para o investimento privado”.
O ministro disse que não vê risco de novos apagões e que o governo está administrando ações de curto, médio e longo prazo para manter o sistema funcionando com regularidade. “É claro que todos sabemos que o país vive uma crise hidrológica, mas repito: na energia nós temos várias formas de administrar”. Braga revelou que o ministério está fazendo uma gestão “diferenciada” em 17 linhas de transmissão que estão em obras. Além disso, esforços estão sendo empenhados para acelerar o retorno à operação de equipamentos que estavam em manutenção, principalmente as térmicas movidas a gás.
Braga esclareceu ainda que a decisão de decretar um racionamento passa por uma série de variáveis. “Não é apenas a questão do ritmo hidrológico, temos um conjunto de ações que, somadas, recomendarão as ações necessárias para que o Brasil possa ter conhecimento dos próximos passos.” Ele explicou que tudo depende do limite de manobras que podem ser feitas no sistema elétrico. “Temos várias manobras disponíveis. Manobras de energia de Itaipu com Paraguai, com a Argentina. Além disso, recuperamos a nossa capacidade de transmissão de energia do Norte para o Sul. Estamos testando uma nova rede de transmissão no bipolo do rio Madeira que poderemos usar.” Nesta sexta-feira, segundo o ministro, a carga atingiu um pico de 80 mil MW, e mesmo assim o sistema apresentou uma folga de geração da ordem de 5 mil MW.
Com informação Canal Energia e Cleto Gomes- Advogados Associados
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