As exportações brasileiras de gasolina e óleo diesel cresceram fortemente nos primeiros quatro meses deste ano, enquanto o país vive a pior recessão econômica em décadas, com a contribuição de uma crise política, que tem se refletido em uma redução do consumo interno dos combustíveis desde o ano passado.
As exportações brasileiras de diesel somaram 245,5 mil barris em abril, ante nenhuma venda externa no mesmo mês do ano passado, contribuindo para uma alta de 192,4% nos primeiros quatro meses de 2016, ante o mesmo período de 2015.
Os dados foram publicados nesta quinta-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
As exportações de gasolina somaram 948,549 mil barris em abril, ante 955 barris embarcados no mesmo mês do ano passado, permitindo um salto das vendas externas de 996,5% nos quatro primeiros meses do ano, em relação a um ano antes.
O Brasil enviou pelo menos duas cargas de 37 mil toneladas de diesel para a Europa nas últimas semanas, invertendo a rota tradicional e destacando um enfraquecimento da maior economia sul-americana.
Em março, houve um crescimento de 229% das exportações de diesel do Brasil ante o mesmo mês de 2015, refletindo uma grande carga enviada pela Petrobras à Argentina, segundo informou uma fonte da empresa à Reuters.
Já as importações de diesel em abril somaram 3,72 milhões de barris, alta de cerca de 20% ante o mesmo período do ano passado. Entretanto, no acumulado do ano até abril, houve uma queda de 26,8% nas importações de diesel pelo país, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Já as importações de gasolina em abril somaram 1,27 milhão de barris, queda de 45% em relação ao mesmo mês de 2016. Entre janeiro e abril, as compras externas de gasolina foram de 4,97 milhões de barris, queda de 43,1% em relação aos mesmos meses de 2015.
Petróleo
As exportações de petróleo pelo Brasil em abril somaram 24,7 milhões de barris, alta de 1,6% ante o mesmo período do ano anterior.
Já as importações de petróleo somaram 4,57 milhões de barris em abril, queda de 22% antes o mesmo mês de 2015.
Fonte: Reuters