O Ceará continua se destacando dentro do mercado de trabalho no Brasil. Em junho, enquanto o saldo nacional foi de – 111.199 postos, o Estado conseguiu gerar 1.222 vagas. Os empregos com carteira assinada no Brasil voltam a cair e junho tem o pior desempenho em 23 anos. O País fechou 111.199 vagas formais de trabalho em junho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego(MTE). Mas o Ceará está entre os seis estados que tiveram saldo positivo.

Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, no primeiro semestre deste ano, o número de empregos contabilizou redução de 11.392 postos (-0,92%). Nos últimos 12 meses, verificou-se crescimento de 2% no nível de emprego, com 23.990 postos de trabalho. É a maior criação de empregos da região Nordeste.

A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) teve o segundo melhor saldo, com 98 empregos formais. O desempenho do mercado de trabalho cearense em junho é melhor que o de maio, que retraiu 1.679 empregos.

Em termos nacionais, no acumulado do ano, a queda registrada no emprego atingiu o montante de -345.417 postos de trabalho (- 0,84%), e, nos últimos 12 meses, ocorreu um recuo de 601.924 empregos ou -1,45%, conforme o Caged.

Perspectiva

O secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, Josbertini Clementino tem perspectiva positiva. “Começamos a ter uma retomada de empregos, há uma clara recuperação. O numero negativo está caindo e alguns setores começam a ter equilíbrio”.

O resultado positivo foi puxado pela Construção Civil (1.099 vagas), Serviços (836) e Agropecuária (486). Esses saldos superaram a queda nos setores da Indústria de Transformação (-717 postos) e do Comércio (-452 postos).

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, explica a variação positiva no setor. “Por conta das empresas que venderam seus empreendimentos em 2014, elas começaram a construir seus imóveis agora, em 2015 ”.

Dentre os oito setores, a agricultura, por motivos sazonais, evidenciou desempenho positivo. Esse resultado foi superior ao registrado em maio (+28.362 postos) e junho de 2014 (+40.818 postos). Os setores que registraram as maiores perdas foram: Indústria de Transformação (-64.228 postos), Serviços (-39.130 postos) e Comércio (-25.585 postos). (Com agências)

NÚMEROS
1.222
postos de trabalho foram criados no Ceará em junho
601.924
empregos foram extintos no Brasil nos últimos 12 meses, segundo Caged
As vagas por setor
Setores Saldo
Construção Civil 1.099
Serviços 836
Agropecuária 486
Administração
Pública 44
Extrativa Mineral 10
Serviços Industriais de Utilidade Pública -84
Comércio -452
Indústria de Transformação -717
Total 1.222
Fonte: Caged