Um aeroporto-indústria entre a BR-116 e a CE-040, distante entre 30 km e 60 km de Fortaleza, com sítio aeroportuário de 20 milhões de m² inserido em área de 40 milhões de m². A localização ficaria entre os municípios de Horizonte, Aquiraz e Cascavel. A descrição é do que sugere o “Análise sobre o perfil dos aeroportos do Ceará e Estudo sobre implantação de aeroporto-indústria na Região Metropolitana de Fortaleza”, elaborado, em um mês, pelo Grupo Temático de Aeroportos da Câmara Temática de Logística do Ceará (CTLOG).
A justificativa para um novo aeroporto seria a capacidade de servir de modal para indústrias de alto valor agregado a se instalarem no entorno, hipótese descartada para o Pinto Martins, por conta da ocupação ao redor. O presidente da Câmara, Marcelo Quinderé, defende que o Ceará tenha aeroporto especializado em carga como diferencial.
Pelo conceito de aeroporto-indústria, capaz de interessar a fabricantes de eletroeletrônicos, semicondutores e produtos farmacêuticos, por exemplo. “Nestes casos, o frete não interfere tanto no valor dos produtos como pesa em commodities”, diz Marcelo. Para ele, ao Estado, cabe definir onde seria a localização, para que no futuro o equipamento seja feito por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).
A definição de aeroporto-indústria, conforme o coordenador do Grupo que assina o estudo, Ariston Pessoa, é de zona de neutralidade fiscal, sob regime de entreposto aduaneiro especial, com suspensão dos tributos na importação de componentes, que após o desembaraço aduaneiro seriam encaminhados para as linhas de montagens das empresas que produzirão os bens a serem exportados.
No material, foram levantadas informações sobre 12 aeroportos do Ceará. Ariston explica que foram delimitados os sete com maior potencial e cinco como secundários. Os sete são: Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral, Iguatu, Crateús, Cruz, São Benedito. Os secundários seriam: Tauá, Camocim, Campos Sales, Quixadá e Aracati.
Viabilidade no Pecém
Em fevereiro, foi apresentado estudo de viabilidade econômica para novo aeroporto internacional, de cargas e passageiros, nas proximidades do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). O documento é assinado pela The Louis Berger Group, especializada em planejamento aeroportuário, com apoio da Agência dos Estados Unidos para o Comércio e Desenvolvimento (USTDA) e em parceria com a Consultoria Project, de Recife.
Fonte: O Povo