Dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontam que entre o dia 1º e 12 de janeiro deste ano, o consumo de energia elétrica no país recuou 9,6% ante o mesmo período de 2015, somando 56.804 MW médios. Já a geração diminuiu 9,9% na mesma base de comparação, com 58.626 MW médios de energia entregues ao Sistema Interligado Nacional (SIN) no período.

Ainda sobre o consumo de energia, houve redução de 8% no mercado cativo (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, e 14,9% no Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores.

Atividade industrial. Dentre os ramos de atividade industrial analisados pela CCEE – que considera dados dos autoprodutores, consumidores livres e especiais – houve queda nos segmentos mais significativos.

As retrações foram verificadas no setor de extração de minerais metálicos (-25,3%), veículos (-22,7%), têxtil (-20,4%) e minerais não-metálicos (-19,7%).

Já na geração, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) geraram 2.867 MW médios, aumento de 7,7% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as usinas térmicas apresentaram retração de 21,3% na produção de energia com 12.713 MW médios. A representatividade da fonte hidráulica, em relação a toda energia gerada no país, foi de 75,1%, índice 3 pontos porcentuais superior ao registrado no ano passado.

O levantamento da CCEE (InfoMercado Semanal) também trouxe a estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, na terceira semana de janeiro, o equivalente a 80,9% de suas garantias físicas, ou 47.597 MW médios em energia elétrica.

Risco. A Eletrobras anunciou as decisões de suas controladas Eletrosul, Furnas e Chesf sobre a adesão à proposta de repactuação do risco hidrológico de geração de energia elétrica, conhecido pela sigla GSF.

Segundo comunicado ao mercado, Furnas e Eletrosul aderiram à repactuação somente no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e optaram por não aderir à repactuação para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). O prêmio de risco unitário será de R$ 9,5/MWh.

Com informações OTempo e Cleto Gomes – Advogados Associados