Representantes da empresa chinesa CRRC – líder no mercado metroferroviário daquele país asiático – estiveram, ontem, em Fortaleza, conversando com o secretário das Cidades, Lúcio Gomes, e o presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), Eduardo Hotz, sobre a possibilidade de instalação de uma unidade fabril no Ceará. Em reunião com a comitiva chinesa, Lúcio e Hotz apresentaram dados econômicos do Estado e falaram sobre eventual disponibilidade da Zona de Processamento de Exportações (ZPE) para atrair o investimento estrangeiro.

A reunião, realizada na Secretaria das Cidades, faz parte de uma ampla agenda de compromissos da CRRC, em território brasileiro, construída para a prospecção de negócios. Durante o encontro, a comitiva apresentou dados sobre sua participação no mercado metroferroviário da China e discutiu as possibilidades de expansão dos negócios no Brasil. Principalmente, abrir uma fábrica no Ceará, apresentado como um local estratégico, do ponto de vista geográfico e econômico, principalmente devido aos incentivos fiscais que o Estado pode oferecer.

Liderança

Segundo seus representantes, a CRRC detém, aproximadamente, 80% do mercado chinês desse modal de transporte, atuando na fabricação, montagem e instalação de materiais rodantes (trens) e sistemas fixos (linhas), em diversas categorias. No Brasil, a empresa possui escritório em São Paulo e contratos com o Metrô do Rio de Janeiro, mas está disposta a expandir sua atuação para outras regiões. “Como temos muitos quilômetros de linhas a serem implantadas, uma posição geográfica que atende às regiões Norte e Nordeste, com uma boa infraestrutura no Porto do Pecém, além da ZPE, que facilitaria o ingresso do grupo nas operações em outros países da América Latina”, disse Eduardo Hotz.

Após reunião, por volta de meio-dia, o secretário executivo das Cidades, Ronaldo Borges, e o diretor de implantação da Metrofor, João Menescal, levaram a comitiva chinesa para conhecer as instalações da Linha Sul do Metrô de Fortaleza. O grupo percorreu trecho entre as estações Chico da Silva e Parangaba. “Como eles entenderam que o Brasil é um mercado que tem muito a crescer no setor metroferroviário, acharam interessante a possibilidade de implantar esta unidade fabril aqui. Também acreditam que a crise que estamos vivendo é passageira e têm interesse em atingir estes outros países de nosso continente”, completou o presidente da Metrofor.

Com informações O Estado do Ceará e Cleto Gomes- advogados Associados
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