BRASÍLIA – O oficial de assuntos econômicos da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal), Marcos Chiliatto, afirmou que a reforma trabalhista pode causar desigualdades no mercado de trabalho e, consequentemente, nas contribuições à previdência.”Economias com maior formalidade são economias em que os trabalhadores possuem maior capacidade de contribuição. Por outro lado, quanto mais informalidade, precarização e rotatividade, menor é a capacidade de contribuição”, disse o representante da Cepal, uma das cinco comissões regionais da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ele participa de seminário com o tema “Impactos da Aplicação da Nova Legislação Trabalhista no Brasil”, na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (3).
Chiliatto destacou a previsão, na nova lei, de contratos intermitentes (temporários) em qualquer posto de trabalho. “O trabalhador, se não for convidado a trabalhar todo o mês, terá um salário variável e até mesmo inferior ao salário mínimo – e teria de fazer contribuição voluntária para complementar o que resta dos 8% dos salários mínimos”, disse.
Fonte: Valor Econômico